quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Horton e o mundo dos Quem!

Ontem assisti um filme “infantil” que me fez pensar em algumas coisas, e decidi dividir esses pensamentos com vocês. O filme foi o “Horton e o mundo dos Quem!”; a primeira vista pode parecer apenas mais um desenho infantil, com uma moral do tipo “todos juntos somos fortes”, mas eu vi muito mais que isso nesse filme.

Eu vi uma pessoa (O Prefeito) dizendo que o mundo em que vivia poderia acabar, e sendo taxado de louco por pessoas que mesmo conscientes de que algo estava errado, não queriam que as coisas mudassem. Vi alguém (Horton), que disposto a ajudar, quase foi impedido por outras pessoas que também gostam das coisas como são, pessoas que defendem um mundo cartesiano. E não fosse a coragem desses dois, vistos como loucos, em defender o que sabiam ser a verdade, um mundo poderia ter sido destruído.

Quando me dei conta disso, percebi que eu, apesar de acreditar que algo de muito ruim realmente está por vir, caso não mudemos nossa relação com o mundo, e, mesmo estando disposto a ajudar, talvez eu esteja fazendo muito pouco, até esse texto não é muito, mas precisei escrevê-lo, pois percebi que quem quer ajudar, deve fazer tudo que acredita ser importante, sem deixar para depois, e sem medo do que todos possam pensar.

Não é de hoje que profetizam o fim do nosso mundo, mas não há como negar que as calamidades estão cada vez maiores, mas não é minha intenção discorrer sobre as profecias do apocalipse, pois estas podem ser facilmente encontradas. O que eu quero nesse momento é propor uma reflexão, sobre o que acontecerá com nossa sociedade caso deixemos de ver essas profecias como mero devaneio de malucoshipiesexotéricosaproveitadoreslunáticosreligiosos, e encaremos como algo possível.

Nesse caso o que é preciso fazer para evitarmos uma catástrofe? Seja qual for a teoria de destruição do planeta, a solução está em mudarmos nossa relação com o planeta, voltarmo-nos para relações mais humanas e para busca de nossa essência. Se encararmos esse desafio, do que teremos que abrir mão? Qual o custo?

Posso estar errado, mas na minha visão, o custo é abandonar uma sociedade que permite a qualquer um galgar seu próprio destino, crescer, acumular riquezas, tudo isso enquanto perdem: 
    a saúde;
    a tranqüilidade de dormir em suas casas;
    a inocência de criança aos 7 anos de idade;
    o controle da própria vida para as drogas;
    momentos entre amigos por não termos tempo para compartilhar;
    as riquezas e belezas naturais do planeta.

A lista é grande, e será que realmente temos tanto a perder para ter tanto medo de mudar? Por enquanto gostaria apenas que pensassem nisso, o que temos a perder, e o que podemos ganhar. E mesmo que não haja nenhuma catástrofe eminente, será que o mundo não se tornaria um lugar melhor e mais prazeroso de se viver?

Obrigado a todos!