domingo, 20 de dezembro de 2009

Por que acredito em Deus?

Primeiro gostaria de pedir desculpas pela ausência do texto da última semana. Além da correria típica de fim de ano, confesso que também estava reunindo certa coragem para escrever esse texto. Como o assunto é controverso, além de complexo, peço desde já desculpas a quem se sinta ofendido com alguma posição que eu defenda. Como em todos meus textos não pretendo trazer a verdade, mas sim compartilhar com vocês minha maneira particular de ver o mundo, e propor uma reflexão para quem ache conveniente.

Enfim, sem mais delongas, por que eu acredito em Deus? Bom, me alongando um pouco mais, já que não dá para responder a essa pergunta de forma tão seca, gostaria primeiro de definir Deus no contexto dessas linhas. Chamarei de Deus, por força do senso comum, um quê onipresente, onisciente, e possivelmente onipotente, que permeia todos os seres e todas as coisas do universo, uma força que liga tudo e todos, e que por sua própria natureza, jamais poderá ser compreendida pela mente humana, de forma que nos é impossível afirmar sem sombras de dúvidas que exista, sendo da mesma forma impossível o seu contrário.

Mas então, por que eu acredito em Deus? Acredito por que sinto Deus, percebo Deus, e sei que assim como você é, eu também sou Deus. Não me considerem prepotente, ao contrário. Se saber Deus exige certa dose de humildade, pois para saber que é Deus, é preciso antes reconhecer que tudo é Deus, portanto não há melhores, não há piores, não há o que seja certo, nem mesmo o que seja errado. Se saber Deus, também é algo que exige coragem, pois é uma grande responsabilidade ser Deus.

Acredito em Deus não por imposição de credo, ou por medo do inferno, acredito em Deus, pois como disse Eistein, há duas formas de ver o mundo, uma delas é que nada é um milagre, e a outra é que tudo é um milagre, eu vejo tudo como milagre. Como explicar a presença de pessoas iluminadas que passaram por nosso mundo, como Cristo, Buda ou Gandhi, gênios da arte como Mozart, Da Vinci e até mesmo “vilões”, mas pessoas não menos ímpares como Hitler?

Como explicar a beleza de um arco-íris, ou mais difícil ainda, como explicar a emoção que nos causa ver um arco-íris por o acharmos tão belo? Como explicar de onde viemos? Como explicar por que estamos aqui? Não levem tão a sério as últimas perguntas, são meramente ilustrativas. Só as fiz, pois há os que dizem que Deus é apenas a resposta irracional para as perguntas que a razão não pode responder. Mas como eu disse anteriormente, a mente humana, agora por sua própria natureza, não é capaz de compreender Deus. Pois Deus, assim eu acredito, não é algo para ser entendido, mas sim percebido, sentido, vivenciado. Quem já experimentou Deus sabe que ele existe, e sabe o que ele é, e sabe que não há palavras que o descrevam.

Acredito em Deus, acreditem, por vários outros motivos, mas nesse caso seria preciso escrever muito mais do que eu me propus nesses textos. Mas segue o link para um texto que entre outros, participou da formação da minha crença em Deus. http://www.casa-indigo.com/artigos/quase_morte.asp

Para finalizar, gostaria de sugerir para os que acreditam em Deus, seja da forma que for, e acreditam na Sua onipresença: reflitam sobre o primeiro mandamento, “Amai a Deus sobre todas as coisas”, entendendo que Deus está em tudo e em todos.

Muito obrigado a todos,
Mateus

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mestre

Nos últimos textos enfatizei bastante a necessidade de estudo e prática para o desenvolvimento do ser humano como um ser integral e cônscio de sua essência. Mas percebi que faltava um ponto importante a ser dito: o Mestre.

É possível acontecer o desenvolvimento sem as orientações de um mestre? Acredito que Não e Sim! Para entender essa resposta vou reproduzir algumas frases que já li a respeito de mestres, e depois tentarei amarrá-las.

Devemos buscar nosso mestre interior.
O mestre surge quando o discípulo está pronto.
O mestre exterior é apenas a materialização do mestre interior.
É difícil encontrar um mestre, mas dez vezes mais difícil é encontrar um discípulo.
O mestre deve conduzir o discípulo ao seu Eu interior, despertar sua terceira visão; quando isso acontece o mestre não é mais necessário.
O mestre não tem nada a ensinar, o discípulo apenas “pega” os ensinamentos do mestre, assim como quem pega uma doença contagiosa.

É importante lembrar que tudo o que precisamos está dentro de nós, todo conhecimento, toda força, toda sabedoria, tudo já está dentro de nós, só precisamos ir lá e encontrá-los. Portanto basta olhar para dentro, atingir a essência, entrar em contato com o mestre interior. Mas nem sempre essa é uma tarefa fácil, é aí que surge a necessidade de um mestre, que nos guie pelo caminho do autoconhecimento e ajude a desatar os nós dessa jornada.

Portanto o mestre não deve ser alguém que cria dependências, assim como um verdadeiro líder, ele sabe conduzir seus discípulos de forma que esses aprendam a caminhar sozinhos. E por mais carinho que tenhamos por nossos mestres, temos que saber que um dia precisaremos abandoná-los e seguir sozinhos.

Devemos entender também que não adianta procurar um mestre, assim como não adianta esperar que ele surja milagrosamente em nossa vida enquanto não estivermos prontos, enquanto não estivermos verdadeiramente preparados para sermos discípulos. Por isso a importância de trilhar o caminho a cada passo dado. Quando conseguimos fazer isso, fatalmente o mestre surge em nossa vida.

Precisamos, no entanto, estar atentos a falsos mestres, mas reconhecer um verdadeiro mestre não é difícil. Em primeiro lugar um mestre não precisa se declarar mestre, pois ele É. O verdadeiro mestre não exige nada em troca, pois é naturalmente um ser compassivo. Além disso, ensina pelo exemplo e não pelas palavras, e está em constante aprendizado, pois um verdadeiro mestre sabe que não sabe tudo que há para saber.

Obrigado a todos e boa semana,
Mateus